Câmara de Cabo Frio discute poluição da Lagoa de Araruama em audiência pública

Uma comissão especial formada pela Câmara de Cabo Frio realizou nesta quarta-feira (12) uma audiência pública para debater a despoluição da Lagoa de Araruama, em especial, no trecho da Praia do Siqueira.

Os integrantes da comissão falaram de medidas que já foram tomadas, como a coleta de água na lagoa para avaliação e visitas nos pontos mais críticos.

A concessionária Prolagos, responsável pelo tratamento de água e esgoto na região, disse que vai iniciar um estudo específico para apontar quais serão as medidas tomadas para a solução do problema.

“A última cena do rapaz entrando na água e saindo naquele estado foi uma situação que prejudicou até o comércio de peixes. Por conta disso, a Prolagos se posicionou e pensou em fazer um estudo técnico para a gente ter ciência e conhecimento de tudo que a lagoa precisa, e quais são os caminhos a serem seguidos”, disse o gerente de responsabilidade social da Prolagos, Ricardo Azevedo. Ao citar o rapaz, Ricardo se referiu ao morador entrou na água de tênis e roupas claras e saiu coberto por um material denso e escuro em outubro.

Os projetos apontados pela concessionária para a elaboração do estudo específico serão apresentados em uma universidade localizada no bairro Perynas a partir das 8h30 desta quinta-feira (13). O evento é aberto ao público.

O vereador Rafael Peçanha (PDT), relator da comissão, destacou o nível elevado de poluição da água e as consequências do problema.

“Nós temos um grau de poluição bastante acentuado com a lama bastante escura e uma poluição que atrapalha a vida dos pescadores e moradores. Agora, a gente precisa transformar isso em dados técnicos, em dados científicos para que a gente possa ter um resultado concreto sobre essa situação”, afirmou Rafael.

A presidente da comissão, Letícia Jotta (PSC), chegou a protocolar um ofício ao Ministério do Meio Ambiente com um pedido de ajuda para a realização da obra de drenagem, apontada por alguns especialistas como uma das medidas necessárias para a recuperação da lagoa.

“Comecei a fazer ofícios. Fiz ao Ministério Público Federal, Alerj e ao Ministério do Meio Ambiente. Fui ao Rio de Janeiro, à Brasília, à São Pedro… A gente sabe que a despoluição da lagoa não será feita de um dia para o outro, mas se não iniciar, não vai despoluir nunca”, disse Letícia.

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