Cultura de Iguaba Grande realiza exposição alusiva a Consciência Negra

A Subsecretaria de Cultura de Iguaba Grande realizou nesta segunda-feira (26) a exposição “O preto colorido” referente à Consciência Negra, que recebeu a visitação de professores, inspetores e alunos do EJA – Educação de Jovens e Adultos, da Escola Municipal Nerea Esther Natividade.

O evento teve destaque para as bonecas africanas de material reciclável do artista plástico Arnaldo Manoel de Lima, mais conhecido como Índio, que também foram expostas na Feira Reciclarte. Índio é natural do Rio de Janeiro e mora em Iguaba Grande há 20 anos, no bairro Parque Tamariz. Segundo ele, suas obras foram influenciadas pela sua origem e história de resistência dos negros: “Minhas obras expressam a época da escravidão através da matéria prima que eu recolho. Com isso, eu transformo essas histórias em realidade com objetivos abandonados, como as bonecas, o retalho, a madeira. Eu tento criar através das minhas ideias o retrato do passado”, destacou Índio.

Além disso, compôs a exposição as portas entalhadas do artista plástico Dawson Nascimento e objetos da época da escravidão. Para complementar a noite, os presentes assistiram o Documentário “Ibiri – Tua boca fala por nós”, que conta a história das irmãs Conceição da Silva, moradoras de Iguaba Grande, que seguem a vida com as tradições herdadas de seus antepassados escravizados no Congo do século XIX. A abertura da exposição contou com a participação do Coordenador do Centro de Memórias da cidade, Elias Marinho, que cantou o fado “Mãe preta”.

Durante o evento, o Subsecretário de Cultura, João Gabriel, destacou alguns pontos do tempo da escravidão e falou sobre a idealização da mostra. “A nossa ideia em relação ao dia 20 de novembro é de demonstrar que todos os dias são nossos. Mas é importante termos uma data para relembrar, trazendo uma consciência e a junção de todas as cores. É um trabalho que a gente procura fazer de uma forma leve que a arte nos proporciona”, disse o Subsecretário.

Os alunos do EJA prestigiaram toda a mostra e apresentações. “A exposição está maravilhosa. É muito bom conhecer um pouco mais desta história de resistência”, declarou a aluna Vitória Cardoso.

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