MP torna prefeito de Cabo Frio e esposa réus em ação de crime peculato e improbidade administrativa

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Dr. Adriano e Dra. Alice

Denunciado ao Ministério Público Federal, em ação popular no final do ano passado por suposto acúmulo de cargos ilegais, quando ainda era vereador no governo Alair Corrêa, o prefeito de Cabo Frio, Dr. Adriano terá que se explicar ao Ministério Público que, além de dar prosseguimento à denúncia, emitiu parecer favorável à uma liminar que exige da Prefeitura de Cabo Frio, Iguaba Grande, Búzios, além da Câmara Municipal de Cabo Frio, informações sobre todos os vínculos que o prefeito, na época vereador, mantinha com estas instituições. Como os vínculos ultrapassariam a carga horária estabelecida por lei, o político estaria, segundo a denúncia, cometendo crime de peculato e improbidade administrativa. A denúncia também envolve a primeira-dama, Alice Nassif Farah que também estaria acumulando ilegalmente funções na administração pública.

A DENÚNCIA — Peculato, enriquecimento ilícito, acumulo ilegal de cargos e remunerações. Estes e outros supostos crimes colocaram o médico Adriano Tevez Moreno na alça de mira no Ministério Público Federal. A denúncia, com mais de 300 páginas que trás a tona todo o passado do político e ameaça seu futuro à frente da administração pública. Entre os fatos analisados na denúncia estão a incrível evolução patrimonial de Dr. Adriano que passou de R$ 945 mil para mais de R4 1,5 milhão, isso apenas no período em que ele foi vereador, entre janeiro de 2013 e dezembro de 2016. Além disso, no período em que foi vereador, atuando na base do ex-prefeito Alair Correia Dr. Adriano teria ganhado dois contratos com a prefeitura, ganhando aproximadamente R$ 10 mil por mês.

Dr. Adriano assumiu em seu primeiro mandato como vereador em 2013, após fazer campanha no palanque do ex-prefeito Alair Corrêa. No governo do ex-prefeito, gozou de grandes privilégios, como a nomeação de 38 cargos comissionados na secretaria de Saúde, que à época era comandada pelo seu sócio na clínica Cotrel Serviços de Ortopedia). Na mesma secretaria comandada por seu sócio, Adriano tinha dois contratos ilegais como médico e médico socorrista, e pior: recebia mensalmente em cada contrato uma gratificação por regime de tempo integral, no valor de R$ 6,4 mil. Só para se ter ideia do tamanho da irregularidade, a denúncia frisa que esta gratificação só pode ser paga a médicos que cumprem a carga horária de 40 horas semanais (8 horas diária), jornada incompatível com a jornada de vereador, além dos demais vínculos empregatícios do médico.

A denúncia, na época foi publicada com exclusividade pelo Jornal Expresso Regional . Na época o prefeito chegou a processar o jornal e ganhar uma liminar, para tirar seus exemplares de circulação, porém, por unanimidade o Tribunal Regional Eleitoral reconheceu a veracidade da matéria e deu ganho de causa ao jornal.

 

Fonte: Blog do Cabral

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