Natureza toma conta da Praia do Forte, em Cabo Frio

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A cidade de Cabo Frio é um dos principais pontos turísticos do Brasil. Com a diminuição da presença humana, os reflexos das restrições de mobilidade social são mais visíveis. Na Praia do Forte, a faixa de restinga, antes “espremida” entre as barracas e o calçadão, vem avançando de forma constante. A ipomeias já se estendem por locais que há mais de cinco anos não alcançavam.

“O avanço das ipomeias é um reflexo claro da diminuição da presença humana. Sem a compactação excessiva da areia, causada pelo trânsito de pessoas, as raízes se espalham com mais facilidade, proporcionando o crescimento natural da vegetação. Isso traz reflexos também na fixação e filtragem da areia, que voltou a sua coloração branca natural, e vem reassumindo sua proporção geográfica em relação ao mar. Até as corujas buraqueiras, fauna comum das nossas restingas, estão em maior número, com mais ninhos, justamente pela diminuição da presença humana na Praia do Forte. Essa situação diz muito a respeito das dúvidas e questionamentos de quando, recentemente, uma ressaca diminuiu consideravelmente a faixa de areia”, afirma o secretário de Meio Ambiente, Mario Flavio Moreira.

O secretário destaca também a qualidade da água do mar, que voltou à coloração azul turquesa nas praias e cristalina no Canal do Itajuru até a Ponta do Ambrósio, incluindo o Dormitório das Garças.

“Tivemos dois fatores que contribuíram ainda mais para que a água voltasse à qualidade natural – ou bem próximo disso: a pouca quantidade de chuva e as marés que, em seu movimento natural, acabaram por normalizar a acomodação de lodo e algas no fundo. A diminuição na circulação de embarcações ajudou para que o fundo do canal não fosse revolvido, devolvendo a cristalinidade”, comemora.

Outra boa constatação vem da quantidade e variedade de peixes que vêm sendo avistados na costa de Cabo Frio. A Guarda Marítima e Ambiental, Dalva Moraes, afirmou que os pescadores artesanais estão comemorando a volta dos grandes cardumes e de espécies que antes eram comuns, mas que dificilmente estavam sendo encontradas. Segundo ela, aves migratórias que eram comuns a nossa região também estão voltando em grande número. “Só temos a comemorar”, enfatiza Dalva Moraes.

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