Nelson Sargento morre aos 96 anos, após complicações da Covid-19

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Morreu nesta quinta-feira (27) aos 96 anos o cantor e compositor Nelson Sargento. Baluarte da Mangueira, o sambista estava internado desde o dia 20 de maio no Inca (Instituto Nacional de Câncer) após testar positivo para Covid-19. Ele foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital no sábado (22), mas sua situação clínica piorou nesta quarta (26).

Além da idade avançada, Nelson também sofreu com um câncer de próstata anos atrás. Em fevereiro, o compositor recebeu a segunda dose da vacina contra o coronavírus em casa. Ele deixa a mulher, Evonete Belizario Mattos, e seis filhos biológicos (Fernando, José Geraldo, Marcos, Léo, Ricardo e Ronaldo), além e Rosemere, Rosemar e Rosana, que adotou.

Nelson Sargento também era escritor, ator e artista plástico. Ele era o presidente de honra da escola de samba Estação Primeira de Mangueira.

Nascido em 25 de julho de 1924, na Praça 15, Centro do Rio, Nelson Mattos ganhou o apelido de Nelson Sargento depois de uma rápida passagem pelo Exército. Foi ainda na adolescência que ele despontou na música. Mas só aos 31 anos que o torcedor do Vasco da Gama compôs seu primeiro trabalho de sucesso.

Ao lado de Alfredo Português, em 1955, Sargento escreveu Primavera, samba-enredo que também ficou conhecido como As quatro estações, considerado um dos sambas mais bonitos de todos os tempos. Na década de 1960, integrou o grupo A Voz do Morro, ao lado de Paulinho da Viola, Zé Kéti, Elton Medeiros, Jair do Cavaquinho, José da Cruz e Anescarzinho.

Entre seus parceiros de composição musical estão Cartola, Carlos Cachaça, Darcy da Mangueira, João de Aquino, Pedro Amorim, Daniel Gonzaga e Rô Fonseca. Entre os grandes sambas feitos por ele estão: Agoniza, mas não morreCântico à naturezaEncanto da paisagemFalso amor sinceroSéculo do sambaAcabou meu sossego.

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