Restos mortais são encontrados em comunidade de Cabo Frio onde vigias foram torturados por traficantes

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Restos mortais foram encontrados na tarde desta quarta-feira, dia 07, na Comunidade Manoel Corrêa, em Cabo Frio, e levados para análise no Rio de Janeiro.

O material biológico será submetido a exame de DNA para que a polícia descubra se os restos mortais são dos dois vigias do Espírito Santo, Luiz Paulo dos Santos França, de 29 anos, e Héder Henrique, de 32 anos, que estão desaparecidos desde o dia 27 de julho, quando foram sequestrados por traficantes da Favela do Lixo, que fica na localidade.

Eles e mais um vigia, o único que conseguiu fugir, trabalhavam ampliando as atividades de vigilância domiciliar no bairro Guarani quando foram surpreendidos pelos traficantes.

O vigia que escapou da tortura disse que eles foram obrigados a cavar a própria cova, e acredita que os amigos tenham sido mortos.

Suspeitos presos
Dez suspeitos foram presos durante a operação Toxicity, nesta quarta, que contou com 140 agentes das polícias Civil e Militar, com o Batalhão de Ação com Cães (BAC), além do apoio terrestre e aéreo da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (Core).


A polícia afirmou, durante entrevista coletiva realizada no fim da tarde, que nove deles já foram identificados pelo crime. E, ainda segundo a polícia, pelo menos um deles, matou, dias depois, um borracheiro que teria contratado os serviços dos vigias.

“Esse borracheiro contratou o que eles chamam de vigilantes noturnos. Isso chegou aos ouvidos dos traficantes que entenderam que isso era uma atividade de milícia, que poderia, de alguma forma, prejudicar as atividades criminosas na região, e mataram, de forma também covarde, o borracheiro”, disse Sérgio Caldas, delegado da 126ª DP.

Na ação, também houve a prisão em flagrante de outros sete suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas e confronto, que terminou com a morte de um outro bandido, segundo a polícia.

Entre os materiais apreendidos estão cinco armas de fogo, dezenas de granadas artesanais, rádios transmissores, munições, drogas (maconha, cocaína e loló), fogos de artifício, cadernos de anotação do tráfico, além de dois jacarés (material usado para estourar pneus).

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