UFRJ inicia estudo na Lagoa de Araruama

0
306
Morador entrou na Lagoa no trecho da Praia do Siqueira, em Cabo Frio Foto: InterTV

Pesquisadores da UFRJ começam nesta quinta-feira (7) a instalar sensores que farão análises da água na Lagoa de Araruama. A ação acontece nesta manhã em São Pedro da Aldeia. Em novembro de 2018, um comerciante saiu da água coberto por lama e virou símbolo da poluição no local.

Esta é a primeira ação do projeto, que tem o objetivo de verificar as condições, e aprimorar ações para melhorias e despoluição da maior laguna de água salgada do mundo, com 220 quilômetros quadrados e 636 milhões de metros cúbicos.

“O estudo vai permitir construir um modelo para fazer simulações de possíveis soluções para a lagoa. Vamos ter uma ideia precisa do que vai acontecer no modelo hidrodinâmico, que permite saber o efeito exato das ações que melhorariam a qualidade da água” diz Júlio Cesar de Faria Alvim, especialista em geoquímica ambiental.

As informações coletadas pelos equipamentos serão estudadas para definir intervenções na lagoa, que se estende por seis municípios: Araruama, Saquarema, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio e Arraial do Cabo. A ideia é aumentar a troca de água, o que colabora com a oxigenação e despoluição do local. 

A Lagoa de Araruama foi motivo de polêmica em novembro de 2018, quando a Inter TV exibiu uma reportagem sobre os problemas enfrentados por pescadores no trecho da Praia do Siqueira, em Cabo Frio. Para mostrar o tamanho do problema, o morador e comerciante Max dos Santos entrou na água de tênis e roupas claras, e saiu coberto por um material denso e escuro.

Através das análises, os pesquisadores vão apontar os pontos ideais para o trabalho de drenagens e abertura de canal, além do custo das ações e os resultados previstos.

O estudo é resultado da assinatura de um termo de cooperação técnica entre a Prolagos, concessionária de água e esgoto responsável por cidades da Região dos Lagos, e o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia, o Coppe, da UFRJ.

Os dados coletados serão analisados em um laboratório no Rio de Janeiro, onde eles vão reproduzir a lagoa em um programa de computador. A previsão inicial é que os primeiros resultados do estudo sejam divulgados dentro de seis meses.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here