Um policial militar salvou uma turista que sofreu uma parada cardíaca após ser agredida pelo irmão em Arraial do Cabo.
De acordo com a Polícia Militar, o caso foi no domingo, dia 25, na Praia dos Anjos e eles foram acionados para um tumulto. Mas, quando chegaram ao local, encontraram a menina, de 17 anos, deitada no chão.
O sargento Leandro Araújo foi o responsável pelo socorro da menina, ele contou que afastaram o curiosos e foi direto até a jovem. Ele diz que após fazer uma analise, tentou sentir a coluna dela e sentiu uma caroço próximo a cabeça.
“Ela depois parou de respirar, tentei sentir a pulsação e não sentia nada. Dei início ao socorro, ela voltou e esboçou uma reação. Mas minutos depois ela esticou os pés, tentou respirar e não conseguia, o batimento cardíaco sumiu novamente. Ficamos bem apreensivos nesse momento, uma vida estava se perdendo. Consegui reanima-la mais uma vez e a equipe médica chegou”, conta.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi até o local e a menina foi socorrida para o Hospital Municipal de Arraial do Cabo. De acordo com a PM, a jovem também teve convulsões.
“Graças a Deus fomos instrumentos para salvação dessa moça. A guarnição conseguiu trazer ela de volta, conseguiu fazer os primeiros socorros ali, sendo ouvido dos médicos que foi imprescindível e que se não tivesse feito o procedimento corretamente, talvez ela não estivesse mais aqui”, relata.
A família da jovem informou para polícia que ela e o irmão tiveram um desentendimento. Ele foi detido e algemado por um agente público antes da chegada da polícia.
O irmão foi levado para delegacia da cidade onde foi ouvido e liberado.
Leandro trabalha há 13 anos na Polícia Militar e em 2019 se formou em socorrista pela corporação. No começo de 2022, ele fez um curso de socorrista voltado para área náutica, no qual também incluiu os procedimentos adotados no salvamento na menina.
Essa não foi a primeira vez que o sargento passou por uma situação dessa, ao longo dos anos ele conta que são diversas histórias que muitas vezes não vão para mídia.
“Eu já auxiliei em várias situações, desde colegas baleados e até quando eu fui baleado em uma das ocasiões quando levei um tiro na axila. Em 2010, o socorro de uma menina que tinha problema cardíaco me marcou muito, pois ela não resistiu. Ao logo desses 13 anos, já socorremos várias vezes. Em UPP já ajudei até em parto”, relembra.