O sofrimento é o sentimento mais comum em enterros, mas na tarde deste domingo, dia 14, no cemitério de São Pedro da Aldeia a sensação se misturou a indignação e perplexidade. O local tem ossos aparentemente humanos expostos ao tempo.
O flagrante foi feito por Fábio Hummer, que acompanhou o enterro do pai de um amigo. Os sacos pretos com as ossadas estavam perto da gaveta onde foi feito o sepultamento.
“As sacolas estavam rasgadas. Dava até para ver um crânio. Você vai enterrar um ente querido e se depara com esse tipo de cena…”, disse Fábio.
Fábio ainda viu outros sacos pretos espalhados pelo cemitério, como os que normalmente são usados no processo de exumação de corpos.
A exumação é o processo, que segue procedimento legais, de recolhimento dos ossos da pessoa enterrada há no mínimo três anos. Normalmente acontece para que haja liberação de espaço nas sepulturas, ou quando a família solicita transferência, ou ainda em casos que envolvem questões judiciais.
O processo só pode acontecer com autorização da família e os ossos devem ser levados para um espaço público ou particular destinado a esta função.