MPF cobra providências sobre fornecimento de água e luz para comunidade quilombola em Búzios

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O Ministério Público Federal (MPF) expediu uma recomendação cobrando providências do poder público e de empresas privadas sobre o fornecimento de água e energia para uma comunidade quilombola em Armação dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio.

De acordo com o MPF, o pedido foi feito com o objetivo de garantir o direito de acesso desses serviços públicos aos integrantes do Núcleo Zebina, da Comunidade Quilombola de Baía Formosa.

A recomendação foi encaminhada à Ampla Energia e Serviços (Enel), à empresa Prolagos, ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e à Prefeitura de Armação de Búzios.

O MPF solicita que sejam adotadas, imediatamente, as providências necessárias para assegurar os serviços a todos os moradores cadastrados na lista oficial disponibilizada pelo Incra.

O documento requer também que o Incra conclua, no prazo de dois anos, o processo de regularização das terras da Comunidade do Quilombo de Baía Formosa, e que o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) seja finalizado em um prazo ainda menor.

O MPF destacou no documento, assinado pelo procurador da República Leandro Mitidieri Figueiredo, que esse prazo dado não impede o cumprimento das outras solicitações:

A necessidade de aguardar a conclusão do RTID da Comunidade Quilombola de Baía Formosa não constitui fundamento jurídico razoável para impedir o acesso aos serviços básicos de água e luz pelos moradores do Núcleo Zebina, ocupação tradicional há muitos anos no local”.

As empresas, a Prefeitura de Búzios e o Incra têm um prazo de 30 dias – a contar da data da expedição da recomendação – para se manifestarem sobre o cumprimento da recomendação, conforme informou o MPF em seu site oficial.

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