Hemolagos suspende entrega de bolsas de sangue para Cabo Frio por falta de repasse de verbas da Prefeitura

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O Hemolagos, empresa responsável pela coleta e distribuição de sangue na Região dos Lagos, suspendeu a entrega de bolsas de sangue para Cabo Frio por falta de pagamento. 

Segundo a unidade, há dez meses a instituição não recebe os repasses de verbas da Prefeitura. De acordo com o hemocentro, a dívida do município chega a R$ 360 mil. 

A falta do pagamento impede que o hemocentro compre, por exemplo, equipamentos e bolsas para aumentar a produção e fazer campanhas para conseguir mais doações de sangue na Região Dos Lagos. 

O banco de sangue, que poderia salvar inúmeras vidas, está parado. 

De acordo com o diretor do Hemolagos, Marcelo Paiva, há estoque de sangue para casos urgentes, mas a liberação de bolsas fica limitada para outros fins. 

Por conta dessa situação, pacientes de boa parte da Baixada Litorânea acabam sendo encaminhados pelo próprio Hemolagos para outros bancos de sangue, como o Hemorio, no Centro do Rio. 

“Nós não temos como fazer um planejamento a longo prazo, como produção de plaquetas, por que isso depende de um investimento, e hoje, não temos dinheiro. Temos preocupações como contas de luz, água, impostos em geral. Não faltam bolsas de sangue para a cidade de Cabo Frio, mas não conseguimos produzir uma quantidade maior. Não conseguimos planejar saúde à longo prazo, por isso, não estamos oferecendo bolsas de sangue à agência transfusional da cidade, o nosso estoque está baixo”, destacou Marcelo. 

A unidade, que é o única da Região dos Lagos, atende a nove municípios: Cabo Frio, São Pedro da AldeiaArmação dos BúziosArraial do CaboAraruamaIguaba GrandeSaquaremaCasimiro de Abreu e Rio das Ostras

Em média, a unidade tem capacidade para atender 20 pessoas por dia, mas hoje atende em torno de 25 pessoas por semana. Até para receber doadores, faltam insumos. 

A Prefeitura de Cabo Frio informou, por meio de nota, que o atraso do repasse para o Hemolagos é referente à diferença entre o valor reajustado das parcelas do custeio, que foi aderida em assembleia do Consórcio Intermunicipal de Saúde, por quórum mínimo, gerando questionamentos jurídicos a respeito do valor do repasse, que passou de R$ 24 mil para R$ 48 mil. 

O município destaca também que tem realizado o repasse no valor antigo. A única cota que está pendente de pagamento é a do mês de junho, que já teve a quitação aprovada. 

Ainda de acordo com a Prefeitura, a Secretaria Municipal de Saúde está analisando a validade jurídica do reajuste para o pagamento o mais breve possível. 

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